Mais informações: editora@scriptum.com.br
Lacerda, a esperança (2)
Na capital mineira, o prefeito Marcio Lacerda continua com
um desafio politico-eleitoral descomunal, que é nomear um novo e competente
titular não somente para comandar, mas principalmente para “resgatar” a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Sua primeira aposta técnica , a
engenheira ambiental Carla Vasconcelos, de sua preferência pessoal e indicada
pelo Projeto Manuelzão, pediu demissão por motivos de saúde, após ter passado
por uma delicada operação nas cordas vocais.
Já a maioria dos ambientalistas, que apoiou as duas
candidaturas de Lacerda à prefeitura de BH, desconfia que houve outra
motivação, psicológica e de foro íntimo: o tamanho da encrenca e desafio que a
pasta acumula. Ou seja, seu desmonte e abandono técnico-institucional desde a
gestão do PT na prefeitura, quando foi anexada e esvaziada politicamente como
mais um apêndice obediente da super Secretaria Municipal de Política Urbana e
Meio Ambiente, na contramão do desenvolvimento sustentável.
A mais bombada
Por isso mesmo, a SMMA também passou nas mãos de vários e
descontinuados ocupantes nos últimos anos. Daí a autoestima hoje baixíssima de
seus funcionários, programa e projetos mais relutantes.
A reesperança em Lacerda prestigiar sua secretaria verde e a
história do movimento ambientalista mineiro, advém de duas atitudes pontuais: a
participação ímpar que ele teve à frente
do Congresso Mundial de Governos Locais para a Sustentabilidade (ICLEI´2012),
apelidada de a “A RIO + 20 das Cidades”, quando se empenhou pessoalmente e
conseguiu sediar o encontro, pela primeira vez em uma cidade latino-americana.
E quando representou a Frente dos Prefeitos comprometidos com a
sustentabilidade na RIO + 20.
A mais querida
No fundo, a expectativa dos ambientalistas vai além da SMMA
atual. Eles sugerem que Lacerda faça o mesmo que o Estado fez, quando reuniu
todos os órgãos afins e criou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e...
Desenvolvimento Sustentável! Deu grandeza à causa. Tal como o Kalil fez de
maneira corajosa, merecida e brilhante no Atlético, com a contratação de
Ronaldinho Gaúcho, o desafio do prefeito é apostar numa nova ou novo R10 para
salvar a mais querida e militante de suas secretarias.
Sai Klabin, entra Pedro
![]() |
A instituição, que antes contava com um vice-presidente,
agora terá quatro. E passará a funcionar com três áreas específicas – floresta,
ambiente urbano e mar – sempre tendo como base a área de influência do bioma
Mata Atlântica, que lhe dá nome e razão de ser. Para floresta, foi escalado
Olympio Pereira, presidente do Credit Suisse no Brasil. O empresário de
telecomunicações Roberto Oliveira de Lima, ex-presidente da Vivo, será o vice
da área de ambiente urbano. Já Klabin, que continua no Conselho da Fundação,
responderá pela área de mar.
Vida sem luta não é vida“O que mais chama a atenção na SOS Mata Atlântica é que buscamos tirar as pessoas da zona de conforto. E conseguimos. Nossa vida é breve, e precisamos fazer o melhor possível. Afinal, vida sem luta não é vida.”Roberto KlabinA nossa causa é o Brasil“Nós somos uma organização inovadora, criativa e inspiradora. Aqui não se trabalha com desenvolvimento ou conservação; mas sim, com as duas juntas. A causa da SOS Mata Atlântica é o Brasil.”Pedro Passos
Como Anastasia
A exemplo do governador Antonio Anastasia, em Minas, que
sempre prestigia os eventos do setor e tem contato permanente com a Frente das
ONGs Ambientalistas do Estado, Alckmin também deixou o seu recado: “A SOS é uma
das maiores organizações da sociedade civil brasileira, que luta por seus
objetivos e combate aqueles contrários à
sua causa. Na vida, não basta viver, é preciso conviver e participar” –
disse ele, ao anunciar a meta de sua administração de aumentar até 20% a
cobertura vegetal do Estado de São Paulo até 2020.
Fotos: Zerolux/ SOS Mata Atlântica
Assinar:
Postagens (Atom)