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Ao abrir o seminário sobre “A Informação e o Meio Ambiente,
Ronaldo Vasconcellos, presidente da ONG Ponto Terra e ex-secretário municipal
de Meio Ambiente foi conclusivo: “Ter acesso a qualquer informação
transformadora é melhor que assistir BBB”. Já o atual secretário-adjunto de
Meio Ambiente de BH, Vasco Oliveira de Araújo, roubou a cena, pela sua
sinceridade e emoção. Segundo ele, esse tipo de informação, ambiental ou
ecológica, só se efetiva na cabeça das pessoas transportando-as para uma nova
visão de mundo se, ao mesmo tempo, ela for capaz de tocar o coração das
pessoas:
“Eu não sou especialista no assunto. Sou apenas
cirurgião-dentista. Mas o pouco tempo envolvido com a área ambiental me
modificou e me motiva de uma maneira profunda e surpreendente. Eu fico
super-feliz, por exemplo, em saber que BH já tem 20 mil m2 de área verde por
habitante, dois mil a mais do mínimo de qualidade de vida preconizado pela ONU.
E de poder contribuir com o nosso prefeito na sua promessa, que vem sendo
cumprida, de plantarmos 10.440 novas árvores na região da Pampulha, para
compensar o que se tirou de verde ao redor do Mineirão. Acho que Hugo Werneck também ficaria feliz com esta
informação.”
Em tempo: Hugo, a quem a Revista ECOLÓGICO é dedicada e se
inspira à cada lua cheia, também era
dentista. E à frente do Centro para a Conservação da Natureza em Minas Gerais,
a primeira ONG ambientalista na América Latina que ele criou na companhia de
Angelo Machado e Célio Vale, tornou-se um dos “pais” do ambientalismo
brasileiro.
Para quem não conhece sua história, esse
dentista-ambientalista também formado em amor, significa para Minas, o que
Chico Mendes representa para a Amazônia e o país. Ambos, para o mundo.
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Vergonhosa a fala do Ronaldo Vasconcellos, pois todo ser político, que tem uma visão crítica das coisas, não precisa necessariamente deixar de conter seus prazeres em prol de alguma coisa, pois além de ter entendimento sobre determinado assunto, provavelmente ele procura buscar o conhecimento diverso. E quanto à fala do atual secretário-adjunto de Meio Ambiente de BH, Vasco Oliveira de Araújo, me pergunto o que um cirurgião--dentista faz como secretário de Meio Ambiente. Outra coisa é o fato dele apresentar um fato que, apesar de correto, é desnecessário. Apesar de BH poder ser considerada uma cidade arborizada, nossa capital é uma das cidades que contém o ar mais poluído do Brasil. Digamos que por mais que esse dado seja elevado, é insuficiente. Quanto à ação do prefeito, de implantar árvores para retribuir as que foram derrubadas, é ridículo da parte dele - e de todos que com ele concorda - acreditar que realmente estará retribuindo alguma coisa, pois nada pode compensar a perda de árvores nativas e de grande porte que levaram anos para se adaptar e atingir o tamanho que elas tinham atingido. Se Hugo Werneck, quando em vida, tiver sido realmente um ambientalista que se preze, creio que ele estaria não feliz, mas envergonhado com essa publicação. E que ele esteja em paz.
BalasThaianne Vieira, Aluna da Escola Estadual Madre Carmelita, 2ºD
É impressionante o despreparo e desconhecimento do Secretário adjunto do Meio Ambiente de BH. Em primeiro lugar se não é especialista, não deveria estar ocupando o cargo. Segundo, já em 2009 pesquisa feita pela USP com dados defasados de nossas áreas verdes já constatava a verticalização e urbanização aceleradas, sem preocupação ambiental e a degradação ambiental da nossa cidade, além da constatação de que os índices de área verde estão diminuindo. Outro fato alarmante e grave é que BH detém o pior índice de poluição do Brasil atingindo a pior concentração de monóxido de carbono entre sete das regiões metropolitanas analisadas, incluindo SP e RJ (Fonte: FEAM). Os belohorizontinos têm uma expectativa de vida em torno de 1,5 2,0 anos de vida a menos devido ao alto índice de poluição do ar, cuja fonte principal concentra-se nos ônibus que circulam na capital. As pessoas com problemas respiratórios que saem de BH têm uma melhora considerável (e pensar que já foi o contrário...). Quanto ao replantio de árvores para suprir o Mineirão é uma BARBARIDADE a fala do Secretário VASCO ARAÚJO, desde quando uma vida substitui outra? As árvores do Mineirão eram de grande porte e não serão substituídas nunca, até porque para que isso acontecesse para cada árvore "assassinada" seriam necessárias duas do mesmo porte e nativas. Será que o secretário tem conhecimento que as mudas plantadas na capital não têm acompanhamento e 1/3 são mortas? E para encerrar,BH pode ter mais casos de câncer de pele do que cidades do litoral e uma das hipóteses é o aumento da temperatura da capital em 1,5ºC nos últimos 100 anos e a baixa umidade do ar. Em tempo: Isso, antes da retirada das árvores do Mineirão. Volta pro consultório Secretário! Quanto à escolha do Prefeito, não nos surpreende de Sustentabilidade ele não conhece nada,aliás,como a maior parte dos nossos políticos. Lastimável a matéria. No que diz respeito à infeliz comparação do Sr. Ronaldo Vasconcelos... Sem comentários.
BalasProfª Andrea Mello - Especialista em Educação Ambiental